15M - o povo pela educação
Hoje, na Paulista, gritamos pelo direito à educação. Em muitas capitais do Brasil, lotamos as ruas. A rua é o espaço público por excelência. Sua voz tem que ser ouvida. Desde que cheguei em São Paulo, em 2016, perdi a conta de quantas vezes a Paulista se encheu e fomos lá ouvir líderes, reclamar nossa indignação, buscar esperança. A educação tem muto a ver com a cidade. Em São Paulo, os CEU's (Centro Educacional Unificado) são uma iniciativa da prefeitura considerada um dos principais projetos de integração escola-cidade das últimas décadas. São equipamentos públicos e urbanos que reúnem atividades escolares, esportivas e de lazer. Em Paris, onde todo mundo vai pra escola pública (como em toda a França), as crianças pequenas são destinadas às escolas mais próximas ao seu endereço residencial, e, na fase seguinte do ensino, o raio de alcance onde o adolescente pode ser matriculada passa a ser maior, para que ele(a) passe a conhecer mais a cidade. Vou falar desses projetos com mais calma em outras cartinhas. A graduação e pós-graduação no Brasil se iniciaram em edifícios dentro do tecido urbano, com as faculdades, principalmente, de medicina e direito. Com a expansão do ensino superior, foi crescendo o formato de campus, espaços onde predomina a distância entre os edifícios e centros da Universidade. Um dos objetivos desse tipo de ocupação é evitar a aglomeração política dos estudantes. Outra, de afastá-los da vida urbana. Um formato que foi adaptado e sobrevive como pode, mas que está ultrapassado. A cidade precisa da educação, da formação e da construção do conhecimento.
Hoje a Paulista tinha adolescentes, jovens, adultos e idosos. A educação pertence à todos. Eu vejo esperança no coletivo, pois acho que é onde encontramos caminho para transformar as coisas na política.
Uma ótima viagem a todos! :)
Até a próxima,
Luísa