Oi, Luísa! Tudo bem? Me identifiquei muito com o que escreves. Também venho de uma família que nunca frequentou shopping, mas que passeava pelo centro da cidade e aí, sim, eventualmente comprava algo, mas numa lógica outra, né? Hoje moro em Portugal e aqui está acontecendo um debate muito forte para preservar o comércio tradicional, sobretudo em Lisboa e no Porto, onde o turismo avança de forma predatória e ameaça esses espaços, as pessoas e a própria identidade dos lugares. Escrevi sobre isso na minha newsletter Bom Proveito e te convido a ler (vou deixar o link abaixo). Embarquei no teu trem, ou comboio como diz-se cá. Ótimo 2024! ✨
Em outubro/novembro comecei a limitar meu acesso à rede social (desinstalo o instagram na segunda de manhã e só reinstalo na sexta de noite). Com isso os apelos para compras na black friday e Natal não me afetaram tanto. Primeiro final de ano que quase não comprei nada (manutenção de assinatura de livro e disco, mas o movimento de ficar cirando "necessidades" de consumo não ocorreu. Beijos. Feliz 2024.
Eu vi um meme de um vídeo de um navio de containers viajando da China para algum lugar em que algum acidente acontece e os containers caem no mar... e tinha um texto de apoio "porque suas compras atrasaram". Aliás, uma das melhores coisas em ter me mudado para Berlim é que eu compro radicalmente menos. Eu amei esse lance da falta de "desfecho" sobre o filme "O mundo depois de nós", porque eu confesso que fiquei "ué, faltou o desfecho desse filme". Sei lá, eu estava distraída, mas agora rolou um tetris aqui e tudo fez sentido. Boas festas! Bjs
No título, já pensei em compras de Natal, e como é difícil se desvencilhar dessa pressão social de fazer festa, comida, presentes. Ah, não sou obrigada.... a galera deveria respeitar mais.
E já tinha assistido os 2 vídeos recomendados, são sensacionais! E o filme tb. (Tem gente que não gostou do final, mas eu achei ótimo)
um dia eu vou escrever sobre a minha relação com o consumo, porque toda vez que meu aparelho de celular parece falhar e eu olho pros das pessoas ao meu redor, eu me sinto um et, mas quando procuro um novo aparelho para comprar acho tudo absolutamente desnecessário e só aguardo o dia em que o meu não vai mais ligar e a compra se tornará inevitável (como toda vez que preciso comprar algo que acho supérfluo).
mas queria mesmo era contar de um episódio de podcast sobre shoppings nos subúrbios dos estados unidos e que tem um pouco a ver com ter sido criança nos anos 90 quando a nossa sociabilidade foi talvez migrando da rua pra essas caixas (ainda vivi um modelo híbrido, por sorte). anos depois, fui trabalhar em uma livraria no shopping mais perto de casa e pedi demissão no último dia do período de experiência. toda a relação trabalhista ali era horrível mas perceber que poderia estar sol, chuva, neve, dia, noite, apocalipse lá fora e eu não saberia foi demais para mim. o episódio é esse: https://99percentinvisible.org/episode/meet-us-by-the-fountain/
Adorei, Luísa, como sempre! Muito bom navegar pela sua cabeça ❤️ Lembrei em algumas partes de um livro que adoro, O show do eu, da Paula Sibilia, antropóloga argentina. Se não conhece, acho que vai gostar! Bom fim de ano! Beijo!
Oi, Luísa! Tudo bem? Me identifiquei muito com o que escreves. Também venho de uma família que nunca frequentou shopping, mas que passeava pelo centro da cidade e aí, sim, eventualmente comprava algo, mas numa lógica outra, né? Hoje moro em Portugal e aqui está acontecendo um debate muito forte para preservar o comércio tradicional, sobretudo em Lisboa e no Porto, onde o turismo avança de forma predatória e ameaça esses espaços, as pessoas e a própria identidade dos lugares. Escrevi sobre isso na minha newsletter Bom Proveito e te convido a ler (vou deixar o link abaixo). Embarquei no teu trem, ou comboio como diz-se cá. Ótimo 2024! ✨
https://bomproveito.substack.com/p/8-lojas-historicas-em-lisboa
Olha só, Lylah, vc conhecia os vídeos também, que demais! Olha, tbm acho que Natal super se enquadra viu! Hehehe beijos e boas festas pra vc!
Amei o texto.
Em outubro/novembro comecei a limitar meu acesso à rede social (desinstalo o instagram na segunda de manhã e só reinstalo na sexta de noite). Com isso os apelos para compras na black friday e Natal não me afetaram tanto. Primeiro final de ano que quase não comprei nada (manutenção de assinatura de livro e disco, mas o movimento de ficar cirando "necessidades" de consumo não ocorreu. Beijos. Feliz 2024.
Eu vi um meme de um vídeo de um navio de containers viajando da China para algum lugar em que algum acidente acontece e os containers caem no mar... e tinha um texto de apoio "porque suas compras atrasaram". Aliás, uma das melhores coisas em ter me mudado para Berlim é que eu compro radicalmente menos. Eu amei esse lance da falta de "desfecho" sobre o filme "O mundo depois de nós", porque eu confesso que fiquei "ué, faltou o desfecho desse filme". Sei lá, eu estava distraída, mas agora rolou um tetris aqui e tudo fez sentido. Boas festas! Bjs
Oi Luísa!
No título, já pensei em compras de Natal, e como é difícil se desvencilhar dessa pressão social de fazer festa, comida, presentes. Ah, não sou obrigada.... a galera deveria respeitar mais.
E já tinha assistido os 2 vídeos recomendados, são sensacionais! E o filme tb. (Tem gente que não gostou do final, mas eu achei ótimo)
Ótimo final de ano!
Adorei!
Uau, que leitura boa! Não poderia concordar mais!
Luísa, que belo texto!
Concordo totalmente com você e me senti contempladíssima com a sua escrita.
Obrigada por escrever!
um dia eu vou escrever sobre a minha relação com o consumo, porque toda vez que meu aparelho de celular parece falhar e eu olho pros das pessoas ao meu redor, eu me sinto um et, mas quando procuro um novo aparelho para comprar acho tudo absolutamente desnecessário e só aguardo o dia em que o meu não vai mais ligar e a compra se tornará inevitável (como toda vez que preciso comprar algo que acho supérfluo).
mas queria mesmo era contar de um episódio de podcast sobre shoppings nos subúrbios dos estados unidos e que tem um pouco a ver com ter sido criança nos anos 90 quando a nossa sociabilidade foi talvez migrando da rua pra essas caixas (ainda vivi um modelo híbrido, por sorte). anos depois, fui trabalhar em uma livraria no shopping mais perto de casa e pedi demissão no último dia do período de experiência. toda a relação trabalhista ali era horrível mas perceber que poderia estar sol, chuva, neve, dia, noite, apocalipse lá fora e eu não saberia foi demais para mim. o episódio é esse: https://99percentinvisible.org/episode/meet-us-by-the-fountain/
Adorei, Luísa, como sempre! Muito bom navegar pela sua cabeça ❤️ Lembrei em algumas partes de um livro que adoro, O show do eu, da Paula Sibilia, antropóloga argentina. Se não conhece, acho que vai gostar! Bom fim de ano! Beijo!