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Eliel Guilhen's avatar

Dos meus anos em São Paulo, fiz amigos e uma rede de apoio incrível que tento continuar cultivando.

Das vizinhanças, ficaram histórias e a vontade de que eles não sejam nada além disso, histórias de algum período.

Como quando eu morava com um amigo na Lapa (numa casa sem autorização e com ordem de despejo) e os vizinhos brigavam entre si, uma defendendo nossa permanência e outro nos querendo longe dali.

Na Zona Norte, que as vizinhas saíram no tapa e puxando cabelos por causa de briga por homem, uma delas quis quebrar tudo quando flagrou meu outro amigo dormindo com o marido dela.

Na Zona Leste, que nosso vizinho nos odiava e passou a nos amar depois que tivemos uma bad trip seguida de paranóia e chamamos a polícia jurando que as mesmas pessoas que haviam sequestrado nossos amigos (que não tinham sido sequestrados) estavam fazendo nosso vizinho de refém. Ele ficou muito emocionado por querermos protegê-lo.

No centro, eu e meu vizinho nos tornamos amantes. Era muito conveniente só pegar o elevador. Até que ele se apaixonou e se tornou um stalker, aí a história virou meio pesadelo.

Eu gostava do senso de comunidade que ainda sentia na Lapa e na Zona Norte, mas amava mais o senso de anonimato, depois de ter saído do interior.

PS: ADOREI SEU ABOUT LUISA! FICOU DEMAIS ❤️

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Tales Gubes's avatar

Menina, ando pensando bastante nessa história de ter pessoas por perto com as quais posso conectar e conviver. Morando em São Paulo nos últimos anos, percebo que não cultivei vizinhanças, e aliás mal cultivei um grupo coeso de amigos que se acompanhe e se cuide. Às vezes piro pensando no que preciso ou posso fazer para cultivar relações mais frutíferas, e lendo teu texto me dei conta que quase nunca considerei seriamente a possibilidade de buscar conexão com meus vizinhos... 🥲

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